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Caminhada Tijuca – Pedra do Caramba – Cachoeiro de Itapemirim ES

Data: 09/03/2024

Característica: caminhada de nível forte, tornada ainda mais difícil pelo calor abrasador, com subida em estradas vicinais em direção a Face Norte da Pedra do Caramba ! Os primeiros 4 km são  em terreno plano, sendo os próximos 4 km em  uma inclinação constante, e no final 3 rampas de inclinação acentuada. O visual é estonteante  das montanhas do sul do Estado e do litoral, vendo o mar e a planície costeira. Até as ilhas costeiras é possível ver em dia limpo.  Após o percurso do plano mais a subida, num total de 8 km, terminamos um percurso de contemplação com 2,50 km até o Bar do Pirote, margeando a imponência da Pedra do Caramba . E nos mostra a importância da preservação da Pedra do Caramba, tornando-a uma Unidade de Conservação, pauta que está em estudos na Seama ES.

Fato: conforme explicado no roteiro, a caminhada era forte, e foi, agravada pelo calor estonteante. Com um grupo de quase 20 pessoas, o ponto forte do roteiro foi o Café da Manhã na casa (histórica e bem original) da família Stephanato/Contarini, cuja família nas pessoas de D. Anita (uma senhora de 88 anos, simpática e bem de saúde), Silvinha, Seu Gil, Seu Fernando, a Mariana e outros netos, receberam-nos com uma mesa farta e explendorosa, com bolos, sucos, queijo da roça, café e leite, aipim cozido, bananas, etc. O que levamos da cidade, como manteiga, pão francês, queijo muçarela e mortandela, ficaram um pouco de lado. Enfim, muito obrigado! Daí seguimos para as subidas que costeiam a face norte da Pedra do Caramba, terminando com certa dificuldade a Caminhada, e chegando com a merecida confraternização no Bar do Pirote, cuja família sempre nos recebe muito bem. E teve até bolo de parabéns do Presidente desta ONG, e organizador das caminhadas. Um dia típico, um dia espetacular. Vamos seguir, vemo-nos no próximo destino!

MOMENTOS PRÁ LÁ DE ESPECIAIS – Crônica de uma Caminhada!

Sabe aquela sensação de ansiedade, mas ansiedade da boa, que mexe até com o sono noturno. Levantamos as 04h30min da matina, café da manhã tradicional e apetitoso. Pegamos a estrada para Cachoeiro, logo, logo o sol nascia radiante as nossas costas.

Mesmo estando ainda no verão, surpresas climáticas surgiam na estrada, em alguns trechos a névoa úmida se mantinha nas laterais da via, à medida que avançávamos o nevoeiro também crescia, fazendo diminuir a visibilidade a nossa frente.

Conseguimos chegar ao local combinado com o grupo cinco minutos antes do horário definido. Logo embarcávamos num ônibus velho, calorento e barulhento, que com certa dificuldade se esgueirava por estreitas ruas do itinerário.

Na entrada da localidade da Tijuca descemos, mais componentes nos aguardavam e outros ainda foram chegando.

Com pouco mais de cinco minutos de caminhada, o ambiente agora era rural, dentro de um vale de montanhas que se aproximam dos 700 metros de altitude.

Uma novidade que facilitou muito o deslocamento tanto o nosso, como da produção local, foi um impecável pavimento, resultante do refugo das indústrias de metais de Vitória/ES, o que era lixo, agora passara a ter utilidade.

A primeira parte da caminhada era só felicidade, estrada plana, belas imagens e luxuriante sombra, que amenizava a temperatura sempre alta, da sufocante cidade de Cachoeiro.

Um dos pontos altos do programa, tanto pela surpresa, como pelo conteúdo tratava-se do lanche gentilmente oferecido por descendentes de italianos, que por lá se estabeleceram sabe lá quando. A coisa foi tão bem elaborada, que até visita guiada a casa da família constava do programa cultural.

Sabe aquele suco natural concentrado de acerola e outro de maracujá irresistíveis, que veio acompanhado de três bolos de diferentes sabores, queijo minas e um delicioso aipim. Ninguém conseguia se afastar da mesa, ficando difícil para o João dar continuidade à caminhada.

Agora sim, iria começar a parte pesada da empreitada. O Caramba se apresentava soberbo, lá, bem no alto. Agora se iniciaria uma subida íngreme de 4 km, sob o impiedoso sol de Cachoeiro. Sabe aquela história, que você anda, anda, anda e a sensação é a de que quase não saiu do lugar. Por outro lado, quando começou o cansaço a bater, me veio a lembrança de Alceu Valença “Meu coração está batendo, como quem diz não tem jeito, sapumba pumba esquisito, batendo dentro do peito”.

Ser o decano do grupo tem lá suas prerrogativas, com as sombras escasseando, cada uma que aparecia era alento a ser comemorado, de preferência sentado. Volta e meia, algum ente divino, fazia soprar uma refrescante brisa, ufa que felicidade!!!

Quando parecia que o gás estava prestes a se exaurir, alívio, uma parte plana e sombreada, quase como uma miragem, de repente se materializou a nossa frente. No mesmo ritmo que estava imprimindo, só o Henrique me fazia companhia, não só de pernas, mas também de ouvido. Este último trecho nos embalou para chegar finalmente ao ponto de inflexão da caminhada, ufa, aleluia, aleluia!!!!

Diz a sabedoria popular “que para baixo, todos os santos ajudam”, e isso vale até para quem não tem fé.

Descemos ladeira abaixo com tranquilidade, sem sobressaltos os 2,5 km que restavam para chegarmos ao oásis, no caso denominado bar do Pirote, sabe aquela máxima de sombra e água fresca, apenas substituímos a segunda parte por cerveja gelada.

Interessante, como alguém tem a coragem de abrir um bar num lugar tão distante do centro de Cachoeiro, mas que em compensação, permite ao freguês vislumbrar de espetacular cenário com 360° de montanhas, enquanto transforma a cidade, apenas numa pequena mancha urbana, naquele mundo de quase infinito de variações do verde.

Como todo evento proporcionado pelo João tem sempre um final feliz, esse também manteve a escrita, agora inclusive na companhia dos sedentários de plantão, não é Rodrigo? Obrigado pela carona. Mas esses só chegaram para dar voz ao poetinha, que valorizava como poucos a arte do encontro, num mundo de eternos desencontro s.

Que venha Santa Maria Madalena, a cidade das estrelas!!!!

Alcides Carneiro (Cidinho)

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