17.04.2010
Campanha Nacional Contra o Consumo da Carne de Cação
BOICOTE ao Consumo da Carne de Cação
Consumo Responsável - Sua Adesão é Importante!
O Projeto Tubarões no Brasil - Instituto Ecológico Aqualung vem a público solicitar a todos que se preocupam com o meio ambiente marinho a adesão ao Consumo Responsável através das seguintes ações:
1 - Evitar o consumo da carne de cação e seus derivados.
2 - Boicotar os mercados e restaurantes que insistirem em seu oferecimento e consumo.
Leia abaixo as motivações para você também participar dessa importante Mudança de Atitude. Divulgue essa Idéia!
1 - O Boicote ao Consumo da Carne de Cação
Essa é uma ação imediata que depende exclusivamente do consumidor e de sua conscientização quanto à necessidade de preservação dos tubarões. Basta parar de consumir a carne de cação e substituí-la por outros peixes marinhos*, por peixes de água-doce provenientes de criações sustentáveis, como salmão, truta, tambaqui e tilápia, ou por outros tipos de carne.
*Veja ao final desse e-mail quais são as espécies de peixes marinhos que devem ser evitadas e aquelas que estão livres para o consumo.
2 - O Boicote aos Mercados e Restaurantes
Essa ação irá requerer uma primeira fase de abordagem e esclarecimento junto aos mercados e restaurantes. Em um primeiro momento, nossa rede de relacionamentos composta por cerca de 10 mil pessoas em todo o Brasil __ nossos associados, voluntários e amigos e os mergulhadores do Grupo Dive-Net __, e todos aqueles que desejarem participar, entrarão em contato com esses estabelecimentos, de forma muito tranquila, educativa e amigável, para esclarecer sobre o atual e iminente risco de sustentabilidade dos tubarões e tentar convencê-los a cessar o oferecimento e o consumo da carne de cação, seguindo bons exemplos de supermercados e restaurantes.
Nesse sentido, poderá ser entregue aos representantes dos estabelecimentos uma cópia dessa campanha e um material de apoio que tem todas as explicações pertinentes para esclarecer as ameaças que os tubarões enfrentam: o resultado da Pesquisa Nacional de Comportamento e Percepção do Consumidor de Cação. Esse material poderá ser solicitado em arquivo PDF (242 Kb) através do e-mail instaqua@uol.com.br .
Por Que o Boicote?
O ideal seria que pudéssemos evitar o consumo e boicotar apenas as 38 espécies de tubarão (ou cação) que hoje estão ameaçadas de extinção, como o cação-anjo, a mangona e os tubarões-martelo, mas infelizmente isso não é possível. Não existe a possibilidade de acompanhar todo o processo da pesca dos tubarões no litoral brasileiro de forma a “carimbar” a carne de cação proveniente das espécies não ameaçadas. Significa dizer que ou se faz o boicote geral de toda a carne de cação ou não se faz nada.
E é nesse sentido, que a conscientização dos consumidores pode contribuir para a queda no comércio e no consumo, o que representará a consequente queda na demanda.
SE VOCÊ NÃO CONSUMIR, ELES NÃO MATAM !
As Razões do Boicote
Hoje, segundo as Nações Unidas, cerca de 100 milhões de tubarões são capturados anualmente em todos os oceanos. Desse total, cerca de 50 a 70% são mortos só pra virar sopa de barbatana, uma ação predatória progressiva, constante e silenciosa. Em conjunto, a pesca exagerada e a pesca predatória são insustentáveis e estão ameaçando seriamente a sobrevivência das populações de tubarões __ 43% das espécies de tubarões em nosso litoral já estão ameaçadas de extinção.
Um recente estudo realizado na Universidade New Southeastern, na Flórida (EUA), analisou o material genético de 177 tubarões-martelo da costa brasileira, do Caribe, do Golfo do México e dos oceanos Pacífico e Índico e confrontaram os dados com o DNA de 62 barbatanas de tubarões da mesma espécie à venda em Hong Kong __ um dos maiores mercados no mundo onde a nadadeira do tubarão pode custar até US$ 700 o quilo. O estudo concluiu que 21% das nadadeiras vinham do Oceano Atlântico Ocidental, área que inclui o Brasil. Ou seja, existem pescadores no Brasil, como há em outros 120 países, participando da pesca ilegal e do tráfico de barbatanas de tubarão.
Recentemente, a Convenção CITES, que determina restrições ao comércio internacional de espécies de fauna e flora ameaçadas de extinção, reuniu-se para analisar as propostas de inclusão de oito espécies de tubarões (ocorrentes no litoral brasileiro) entre as espécies sob sua proteção. Para sete delas, incluíndo o galha-branca-oceânico e os tubarões-martelo, o resultado foi o mesmo: as propostas foram derrotadas por não alcançar 2/3 dos votos. Somente o cação-marracho teve aprovada sua inclusão no apêndice II.
Por solicitação do Japão a votação foi secreta, mas a China, Japão, Coréia, Vietnã, Indonésia, Venezuela, Chile, África do Sul e Arábia Saudita, grandes interessados na pesca dos tubarões, fizeram intervenções contrárias à proteção das sete espécies. A favor, intervenções foram feitas pela União Européia, EUA, Palau e Emirados Árabes Unidos. O Brasil absteve-se.
O que os governantes desses e de outros países parecem não querer entender é que os tubarões exercem importante papel na manutenção da saúde e do equilíbrio da vida nos oceanos. Sem esses guardiões dos mares, o ambiente marinho ficará doente e frágil e os decorrentes desequilíbrios nos ecossistemas serão imprevisíveis e catastróficos.
Cabe, então, a nós consumidores da sociedade civil, tomarmos uma atitude correta e responsável em favor da Natureza.
Se não fizermos nada agora, dezenas de espécies de tubarão estarão extintas nas próximas décadas.
Campanha Nacional contra o Consumo da Carne de Cação*
Campanha Nacional contra o Consumo de Barbatanas de Tubarão*
* Cação e tubarão são dois nomes que designam o mesmo animal.
SE VOCÊ NÃO CONSUMIR, ELES NÃO MATAM !
Participe do Protuba e ajude a preservar nossos oceanos!
Acesse www.institutoaqualung.com.br/protuba_associados.html
Repasse essa mensagem para seus amigos e familiares!
Desde de já agradeço seu apoio!
Marcelo Szpilman
Diretor
Projeto Tubarões no Brasil (PROTUBA)
Instituto Ecológico Aqualung
Rua do Russel, 300 / 401, Glória, Rio de Janeiro, RJ. 22210-010
Tels: (21) 2558-3428 ou 2558-3429 ou 2556-5030
Fax: (21) 2556-6006 ou 2556-6021
E-mail: instaqua@uol.com.br
Site: http://www.institutoaqualung.com.br
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Entre em contato enviando um e-mail para instaqua@uol.com.br
Espécies de peixes marinhos que devem ser evitadas e aquelas que estão livres para o consumo
Usando como referência a Lista Nacional do IBAMA e da IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza), temos três situações:
1 – Espécies que NÃO PODEM E NÃO DEVEM SER CONSUMIDAS
Entre os peixes comercais famosos, temos: cação-anjo, raia-viola, peixe-serra, surubim, cioba, badejo-tigre e mero.
Obs: 12 espécies de tubarões/raias e 145 espécies de peixes constam no Anexo I do IBAMA como espécies ameaçadas de extinção, com alto risco de desaparecimento na natureza em um futuro próximo.
Obs: Apesar de estar no Anexo II, o mero é a única espécie brasileira protegida e proibida de ser capturada.
Obs: EVITE o famoso filé de viola, pois muitas peixarias comercializam o filé do cação-anjo como se fosse o filé da raia-viola. E ambos estão seriamente ameaçados.
2 – Espécies que DEVERIAM SER EVITADAS
Entre os peixes comercais famosos, temos: atum, badejo, cherne, corvina, enchova, garoupa, merluza, namorado, pargo, pescadinha-foguete, sardinha-verdadeira, tainha e vermelho.
Obs: Fora as lagostas e camarões, 6 espécies de tubarões e 31 espécies de peixes constam no Anexo II do IBAMA como espécies sobrepescadas (cuja condição de captura é tão elevada que reduz o potencial de desova e as capturas no futuro) ou como espécie ameaçada de sobrepesca.
3 – Espécies LIBERADAS PARA O CONSUMO
Entre os peixes comerciais famosos liberados temos: abrótea, agulha, albacora, batata, baúna, bicuda, bijupirá, bonito, caranha, carapeba, castanha, cavala, cavalinha, cocoroca, congro, congro-rosa, dourado, galo, linguado, manjuba, michole, olhete, olho-de-cão, pampo, peixe-espada, pescada, piranjica, piraúna, robalo, sororoca, tira-vira, trilha, xáreu, xerelete e xixarro.
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